Eu sou apenas um enfermeiro...

Substitution at the margin: physicians vs nurses

A ampla discussão sobre o alargamento das competências dos enfermeiros volta a ser tema. Num artigo do economista Pedro Pita Barros: Substitution at the margin: physicians vs nurses na 12ª Conferência Nacional de Economia da Saúde, Lisboa, podemos verificar que algumas das funções desempenhadas por médicos, podem ser desempenhadas por enfermeiros sem perda da qualidade dos cuidados.

Antena 1 - Entrevista a Pedro Pita Barros

Antena 1 - Entrevista a Pedro Pita Barros

Entrevista a Pedro Pita Barros


O especialista em Economia da Saúde Pedro Pita Barros avisa que “vai ser duro de engolir” o corte de 800 milhões de euros no setor da Saúde. 

Nesta entrevista conduzida pelo jornalista Ricardo Alexandre, o professor catedrático da Nova School of Business and Economics defende que a questão agora é a de saber se a qualidade dos serviços vai ser afetada, o que só depende da forma como os profissionais do setor reagirem aos cortes financeiros.

Pedro Pita Barros admite que deverá haver a médio prazo uma sangria de quadros da Função Pública, ou seja, uma fuga de profissionais para o setor privado.
Fonte: Antena1

"Estado de arte..."

Nos últimos 2 anos tenho andado distante desta lides por motivos académicos. Após a conclusão da Pós-graduação em Higiene e Segurança no Trabalho (interrogo-me o porquê de não haver uma especialidade em Enfermagem do Trabalho ou Saúde Ocupacional, visto na legislação portuguesa existir a "figura" do enfermeiro do trabalho. ) na FCT da Universidade Nova de Lisboa (UNL) em 2010, neste momento estou a fazer um mestrado em Gestão da Saúde na Escola Nacional de Saúde Pública da UNL. Oportunamente irei colocando algumas temáticas na área da Gestão em Saúde sempre que me for possível, visto ser um tema cada mais actual.

Deixo aqui alguns documentos que são interessantes para quem gosta de compreender melhor o funcionamento do SNS:





Edição de 22-09-2011: "O financiamento do Serviço nacional de Saúde"


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Hospitais estão proibidos de contratar médicos e enfermeiros



Só com autorização do ministro da Saúde será possível admitir novos profissionais no SNS.


Os hospitais empresa (EPE) e os centros de saúde estão proibidos de contratar novos médicos e enfermeiros, seja a título individual ou através de empresas de prestação de serviços. A renovação de contratos também está, de momento, congelada. E só o próprio ministro da Saúde poderá autorizar excepções. Os administradores hospitalares que desrespeitarem a regra serão alvo de sanções e podem mesmo ser despedidos.
A medida, ontem publicada em Diário da República, é mais um passo na racionalização da despesa do SNS, com vista a cumprir as metas inscritas no memorando assinado com a ‘troika'. Ao Diário Económico, fonte do Ministério da Saúde, explicou que este despacho "insere-se na necessidade de um maior controlo e rigor na despesa do Estado, tendo em conta as metas e compromissos assumidos no âmbito da ‘troika'". O objectivo, garante a mesma fonte "não é poupar". "É impedir que a despesa cresça, de forma a cumprir-se os compromissos da ‘troika', mantendo o essencial e cortando no desperdício, sem comprometer a qualidade e acesso dos serviços" de saúde, justifica.
Recorde-se que, no início do mês, o Ministério da Saúde impôs um novo corte de 11% nos custos operacionais dos hospitais. E na terça-feira, o documento de avaliação do Fundo Monetário Internacional ao cumprimentos do memorando da ‘troika' reviu para o dobro o corte nas horas extraordinárias dos médicos e enfermeiros. Agora, os gestores hospitalares têm de efectuar um corte de 20%, em 2012, e outro idêntico em 2013 - uma maior exigência porque a ‘troika' entende que os hospitais são, precisamente, a área que maior risco apresenta ao cumprimento do memorando. 
Fonte: DE
(clique na imagem para ampliar)





LINK: http://www.sep.org.pt/images/stories/sep/accaosindical/2011/06/CarreiraEnf_junho2011.pdf

Petição IMPUGNAÇÃO DO AUMENTO DAS QUOTAS PARA A ORDEM DOS ENFERMEIROS


A 20 do passado mês de Novembro de 2010, foi decido em Assembleia Extraordinária da Ordem dos Enfermeiros o aumento sub-repticiamente designado de actualização faseada do valor mensal da quota. Desde logo nos insurgimos contra tal decisão, que consideramos lesiva dos interesses da maioria dos enfermeiros portugueses e igualmente ofensiva da sua dignidade.
Dispensando a dissertação acerca do que consideramos serem os factos que condicionam monetariamente os portugueses em geral e os enfermeiros no particular, bastando para isso um pouco de sensibilidade e atenção à conjuntura actual, centraremos a nossa atenção em dois aspectos considerados essenciais:
1 – A oportunidade da Assembleia Extraordinária;
2 – O resultado da votação.
Relativamente à Assembleia Extraordinária, pensamos que os preceitos que a motivaram (aumento das quotas como assunto primário), estão profundamente errados. De igual modo, consideramos inapropriado o local e a data da realização da referida assembleia. Como era de todos sabido, a 20 de Novembro de 2010 iria decorrer em Lisboa a cimeira da NATO, com todas as condicionantes que daí poderiam advir e que se confirmaram.
No que ao resultado da votação diz respeito, questionamos o “carácter democrático” da mesma. Nunca tão poucos decidiram o futuro de tantos quantos sejam os enfermeiros. Perante uma matéria polémica, controversa e fracturante, não seria pertinente considerar outras vias de manifestação democrática, como sejam o voto electrónico ou o boletim individual de voto enviado a TODOS os enfermeiros, independentemente de terem ou não as quotas actualizadas? Por outro lado refutamos liminar e energicamente os argumentos que sustentam o aumento das quotas, porque ausentes de qualquer sentido ético ou intelectual (uma espécie de sucedâneo dos “bens de interesse geral” da factura da EDP).
Assim, nós abaixo assinados exigimos:
- Realização de um senso/referendo/questionário a todos os enfermeiros a nível nacional sobre a matéria em análise:
- Disponibilização dos meios supramencionados para a efectivação dos resultados obtidos;
- Realização de Assembleia Extraordinária para impugnação imediata da decisão tomada a 20 de Novembro de 2010.
Por uma Enfermagem digna.