A Enfermagem está de luto!




Hospitais discriminam enfermeiros nos salários


Em causa está o reposicionamento dos enfermeiros na primeira posição remuneratória da tabela salarial acordada em finais de 2010. Os hospitais estão a distinguir enfermeiros com contrato de trabalho em funções públicas (CTFP) dos enfermeiros com contrato individual de trabalho (CIT).
A maioria dos hospitais públicos empresariais (EPE) apenas reposicionou na primeira posição remuneratória da nova tabela salarial os enfermeiros com contrato de trabalho em funções públicas, mantendo inalterado o salário para os enfermeiros com contrato individual de trabalho. 

De acordo com o sindicato dos enfermeiros portugueses (SEP), apenas o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) procedeu ao reposicionamento dos enfermeiros com CIT para a nova posição remuneratória, o que implica um acréscimo de quase 200 euros no salário base, de 1.020 para 1.200 euros.
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“É incoerente e de uma falta de equidade não se proceder ao reposicionamento”
Mas nem seria necessária esta argumentação para que o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) aumentasse todos os enfermeiros no início da carreira. “Os contratos que celebramos com os enfermeiros têm uma cláusula que diz que estes têm a remuneração base da carreira da enfermagem”, explicou ao NegóciosHelena Reis Marques, directora de recursos humanos do CHUC, acrescentando logo de seguida que mesmo que assim não fosse, o seu entendimento é que se aplica a tabela nos dois tipos de contrato.

Fonte: JN

Nota1 - Isto viola claramente a constituição "trabalho igual, salário igual". Outra situação que se está a passar é retirarem 3 dias de férias aos CIT, e os CTFP  manterem. Mas afinal os CIT só são FP para os cortes de salários, férias, horas de qualidade?

Nota 2 - O CHLO continua sem devolver aos CIT o dinheiro das horas de qualidade a que foi obrigado.

Os sindicatos esperam o quê??


http://www.biovea.com/pt/index.aspx?LinkReferral=ycKIZsCZInSf86OWMOUrHSpE7zbbfodjxC0ALOhn5oo=

Benfica TV online

Ministério cede e aceita aumentar salário dos médicos


Os sindicatos dos médicos e o Ministério da Saúde estiveram reunidos, na quarta-feira, em mais uma ronda de negociações. No final da reunião, os sindicatos estavam satisfeitos com a abertura mostrada pela tutela para aumentar o salário dos médicos.


Sérgio Esperança, da Federação Nacional dos Médicos, disse ao Diário de Notícias (DN), que o Ministério da Saúde se mostrou disponível para aumentar os valores das remunerações e das horas extras dos médicos.
Segundo o DN, os valores propostos rondam os 2.600 e 2.700 euros de base salarial. Na última reunião, o Governo propôs 2.488 euros, abaixo dos 2.540 euros avançados no encontro anterior.
Sérgio Esperança referiu ainda que nesta reunião “não houve ruptura. Houve algumas novidades em cima da mesa negocial, mesmo na questão das horas extras que ficaram agora de ser trabalhadas numa reunião a 4 de Outubro. A ideia é haver tempo para que os juristas analisem e trabalhem as propostas para que possamos colocá-las à consideração dos médicos”.

Na reunião da próxima quarta-feira, dia 26, Governo e sindicatos vão discutir a questão da lista de utentes que cada médico de família deve ter. O Governo propõe 2100 utentes por cada médico, mas os profissionais de saúde exigem um limite de 1900.

Como é possível isto acontecer num país falido? Os médicos continuam a gozar de um estatuo especial, não são como o comum dos portugueses que têm de fazer sacrifícios atrás de sacrifícios. Já agora quando é que atualizam as listas de doentes? É que há cerca de 13.000.000 de doentes quando Portugal tem uma população de pouco mais de 10.500.00 alguma coisa não bate certo. Além disso os médicos das USF recebem mais por ter uma lista "alargada" de doentes. Enfim é o país que temos.

Paulo Morais - Transparencia e Integridade


Paulo Morais, ex-vice-presidente da CM do Porto e vice-presidente da ONG "Transparência e Integridade" diz que o parlamento é o grande centro da corrupção em Portugal e que a corrupção é a verdadeira causa da crise. Entrevista de Luís Gouveia Monteiro.

Acha que a sua vida vale 4 €€ ??

A Chulice e promiscuidade que se passa em Portugal

EuroHealth Consumer Index 2012

Seguem 2 links com um documento e uma tabela resumo, que compara as performances a nível da acessibilidade, resultados, prevenção de doenças etc., de um conjunto de 34 países, incluindo Portugal (ocupa a 25ª posição). Daqui podemos tirar algumas conclusões (não tenho tempo para me alongar): mais médicos como por exemplo a Grécia, não significa melhor performance, nem sempre quem gasta mais em saúde tem melhores resultados, países como a Noruega onde os enfermeiros assumem um papel central no sistema de saúde, têm excelentes resultados.




http://www.healthpowerhouse.com/files/Index-matrix-EHCI-2012-120508-final-A3-sheet-substrate.pdf

http://www.healthpowerhouse.com/files/Report-EHCI-2012.pdf


Escândalo - Enfermeiros contratados por 4 euros/hora


O bastonário da Ordem dos Enfermeiros considerou hoje um «escândalo» que aqueles profissionais de saúde estejam a ser contratados a menos de quatro euros por hora, apelando a que «não aceitem» essas propostas.
«Isto é um escândalo para Portugal, para um país que se diz do primeiro mundo, que está a oferecer a profissionais altamente diferenciados um valor/hora que não se compactua nem com a sua profissão nem com a sua dignidade», afirmou hoje, no Porto, Germano Couto, admitindo que a Ordem tem recebido «um conjunto de denúncias» por parte de «dezenas de enfermeiros que têm contratos oferecidos a 3.96 euros à hora».
O bastonário reagia à notícia hoje avançada pelo Diário de Notícias, segundo a qual os enfermeiros contratados por empresas de prestação de serviços, que entrarem ao serviço a partir de hoje nos centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, irão receber quatro euros por hora.
Germano Couto garantiu que a notícia «é real» e «há factos e provas», esperando que, porém, «não passe de um conjunto de intenções» e, por isso, possa ser «revertida por parte da [Administração Regional de Saúde] ARS de Lisboa e do Vale do Tejo e do Ministério da Saúde».
Admitiu ainda que o Governo possa estar a «pagar mais às empresas» para que estas tenham «o seu lucro», mas reforçou que «é preciso verificar» se as empresas estão a cumprir as condições contratualizadas com o Estado, recordando que com 3,96 euros/hora os enfermeiros vão receber 300 euros líquidos no fim do mês, o que não atinge o ordenado mínimo.
Actualmente, a tabela pública de vencimento dos enfermeiros «está em 1.020 euros» mensais, o que se traduz em «cerca de sete euros por hora», valor esse que «deve ser a bitola que o Governo deve utilizar».
O bastonário lançou um «apelo aos enfermeiros» para «que não aceitem estes contratos, caso assim tenham condições», acrescentando porém compreender que alguns o façam para «não perderem competências».
O também enfermeiro considera que há uma «falta de planeamento estratégico entre a formação» e as contratações actuais, assinalando que aqueles profissionais de saúde «não estão a ser contratados de acordo com as necessidades».
«A ARS de Lisboa e Vale do Tejo tem uma falta de cerca de 4.700 enfermeiros nos seus quadros», sublinhou Germano Couto, que fala em 2.359 médicos para 2.261 enfermeiros naquela região o que «é completamente ilógico».
Admitindo que os profissionais preferem emigrar a perder competências ao ficar sem trabalho, Germano Couto criticou o facto de Portugal estar a «formar enfermeiros para exportar», num momento em que existem necessidades no país.


Nota: não tenho palavras para descrever o que sinto. Repúdio não só o MS como como todos os enfermeiros que aceitam trabalhar nestas condições. É preciso um pouco de dignidade....