"O “Sol”, na sua edição de 15 de Janeiro, noticia na 1ª página a forma execrável como o actual e anterior governos estão a tratar os enfermeiros: “acordo com professores trama enfermeiros”.
Feita a nojenta deforma a que o PM chama “reforma da função pública”, ficou patente a incompetência dos ministros e de quem com eles trabalha, directa ou indirectamente. Além de satisfazerem o figurino que o PM adoptou, que é governar em conflito e provocação constante de quem já não pode sentir-se seguro com este (des)governante.
Não temos nada contra os professores, nem vamos permitir que os arremessem contra outros trabalhadores da função pública. O problema das desigualdades de tratamento está na bacoquice do PM, que pensa, desta forma, resolver problemas que vai agravando por inacção, ou acção inadequada, para cada problema.
A revalorização dos professores foi sendo feita à medida que os bacharéis completavam a licenciatura.
A revalorização dos enfermeiros está por fazer, desde 1989/90, apesar de serem licenciados, em duas etapas, até 2000 e, numa só etapa, a partir daí.
Parece que o problema para o PM, é de números: os professores são 115 mil; os enfermeiros são 24 mil, dizem. Ora o impacto do barulho produzido por 115 mil professores, tem um grande efeito em orelhas meias moucas; o ruído gerado por 1/5 desse número é, aparentemente, menor.
A diferença terá de encontrar-se no tipo de ruído e na forma de o fazer, para afectar as pessoas, que também não reparam em nós, enfermeiros.
Compete aos enfermeiros darem uma ensinadela aos governantes que os minimizam e aos distraídos.
Na greve de 1976, a angústia gerada pela greve de 3 dias dos enfermeiros, quase determinava a declaração do estado de emergência nacional.
São os enfermeiros que têm de decidir se querem investir na greve ou continuarem a ser achincalhados pelo Governo da Nação.
Devem encarar as perdas salariais dos dias de greve, como um investimento a curto e médio prazo e não como uma perda salarial. Não se devem esconder atrás do medoA greve é um direito constitucional e quem o desvirtuar sofre as sanções da lei. Quanto maior for a adesão mais duradoiro será o respeito que incutimos a todos.
Os professores viram satisfeitas as suas reivindicações, relativamente, se não se tratar de mais uma habilidade falaciosa da governação;, que dizem ter, das consequências da greve.
Os enfermeiros têm de seguir o exemplo dos seus antecessores e o bem recente de colegas finlandeses, que também o seguiram.
Vamos tentar dar uma lição semelhante a estes governantes, que nos classificam como licenciatura de grau 3 de complexidade, o máximo na escala de dificuldade que editaram e, depois, oferecem-nos 6 € por cada hora de duro labor, o que já nem uma “mulher a dias” ganha. Quem as utiliza sabe quanto lhes paga.
Eis, em seguida, uma tabela que é uma de muitas razões para que qualquer enfermeiro, esteja onde estiver, tenha o vínculo que tiver, possa aderir à greve que propomos.
Quem tiver dúvidas do conceito que alguns pretendem atribuir ao nosso trabalho e formação académica, aqui está uma comparação mobilizadora daqueles que têm de viver da profissão.
Pensem nisto, Colegas e não hesitem e seguir as nossas directrizes.
Fechem os ouvidos aos demolidores de Sindicatos; Sindicatos não são só as direcções dos mesmos, mas sim todos os seus associados.
Cada um deve perguntar-se: que tenho eu feito pelo meu sindicato?
Vamos à luta, que se faz tarde.
Cordiais Saudações Sindicais,O Presidente da Direcção do SE - José Azevedo"
Fonte:SE
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