
Cortar nos salários da função pública - Estamos sempre na berlinda

Uma crónica aqui, um comentário ali, um “estudo” acolá, um perito conferencia em qualquer lado e, paulatinamente, torna-se uma inevitabilidade “15 cêntimos de cada euro que v. ganha, caro leitor, são destinados aos salários da função pública “ fica-me uma interrogação -quanto pagou ele de impostos? Não sei, não posso saber, há sigilo fiscal, no entanto o meu salário é público. Está disponível na internet e em papel no Diário da República. Sobre esse salário também eu paguei os 15 cêntimos por cada euro que realmente ganhei. Sim, por cada euro que realmente ganhei pois eu não recebo envelopes no final do ano, nem tenho carro da empresa, nem telefone, nem criei uma empresa à qual pertence a minha casa e os meus carros. Não tenho nada, apenas o meu salário que é público, sem sigilo. Ainda hoje lia no jornal que os gestores da REN são obrigados a entregar declaração de rendimentos mas requereram que ela ficasse sigilosa. Porquê ? Porque é o meu ordenado público e o deles não? Ah os malditos dos funcionários públicos… E as parcerias público-privadas que sugam mais dinheiro que um tornado do Arkansas? E os Magalhães que rapidamente foram encostados? E as SCUT (lembram-se de João Cravinho, o pai delas e grande “combatente contra a corrupção” que, coitado, lá foi trabalhar para o estrangeiro para um bom tacho) criação deste partido que agora acaba com elas. E a Liscont dos contentores, e a Lusoponte de Ferreira do Amaral e agora de Jorge Coelho através da Mota Engil dona da AENOR que era presidida (se calhar ainda é) por Luís Parreirão Gonçalves, presidente também de não sei quantas SCUT, que era secretário de Estado do governo de Guterres que…criou as SCUT e concessionou várias ? E os pareceres jurídicos encomendados a sociedades de advogados e pagos a pesos de ouro? E os 30 milhões de euros pagos à GESCOM do grupo Espírito Santo por intermediação na compra dos submarinos? E..? E..? E…? E quem paga isso tudo? Os 15 cêntimos sobre todo e cada euro que eu, funcionário público de salário público não sigiloso, recebo. E agora querem que ganhe menos para terem mais dinheiro para mais pareceres, mais comissões, mais parcerias da treta. Pergunto: a despesa da Administração Pública com outsourcing será que também vai ser reduzida na exacta medida da redução dos salários dos funcionários públicos? E os Institutos Públicos também sofrem reduções na sua despesa? E..? E..? E a verdade é só uma, querem que eu passe a ganhar menos mas pagar…bom, pagar vou continuar a pagar o mesmo ou mais. Será que o privado está disposto a mostrar em que carro anda, em que casa mora e sobre quanto pagou impostos?
Quase 20% dos licenciados em enfermagem desde 2007 não exercem a profissão

“Dos formados desde 2007, 19 por cento não estão a exercer a profissão. Dos últimos formados, em 2009, esse número ascende a 29 por cento - 23 por cento estão sem qualquer actividade e seis por cento noutras actividades”, revelou Maria Augusta Sousa.
Este número faz parte de um relatório que está a ser ultimado pela Ordem, realizado a partir de um questionário feito a jovens enfermeiros.
A análise dos questionários permitiu também concluir que, “mesmo entre os que têm emprego, 56 por cento têm vínculos precários”.
“Isso causa desmotivações, e era um problema que não existia no nosso país. Mais de 40 por cento ponderam ou já ponderaram abandonar a profissão”, disse.
A bastonária revelou ainda que “há um aumento progressivo dos jovens a irem trabalhar para o estrangeiro”.
Apesar destes números, a bastonária garante que “as necessidades que existem no país não estão cobertas e há carências objectivas quantificadas”.
A justificação para isto é, segundo Maria Augusta Sousa, “a total dissonância entre políticas formativas e de emprego existente na área”.
A bastonária referiu, como exemplos, que “há hospitais onde os enfermeiros estão a prestar cuidados a 200 por cento, cuidados nas comunidades que não abrem porque não há enfermeiros e cuidados ao domicílio que é preciso reforçar [com mais profissionais]”.
“Não está concertada a oferta formativa com o que é a organização necessária para os cuidados de enfermagem. Por razões burocráticas, contenção de despesa ou utilização incorreta de pessoal não qualificado”, disse.
A bastonária referiu ainda que, segundo os últimos dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o rácio de enfermeiros por mil habitantes na Europa é de 9,1, número que em Portugal está nos 5,9. (já cá faltavam os malditos rácios. É a cereja no topo do bolo. Pensava eu que a estupidez tinha limites...)
Maria Augusta Sousa falava à Lusa no dia em que foram divulgadas o número de vagas abertas este ano nos cursos do Ensino Superior.
O curso de Direito na Universidade de Lisboa e o de Enfermagem na Universidade de Coimbra (Universidade de enfermagem em Coimbra?? afinal também fabricam jornalistas em vãos de escada...) voltam a ser este ano os que mais vagas oferecem no próximo ano lectivo com 450 e 330 lugares respectivamente.
Os alunos poderão candidatar-se à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior a partir de terça feira, 13 de Julho." fonte: Destak
Médicos pouco sensíveis a problemas financeiros dos pacientes na hora de receitar

Estudo do Instituto Ricardo Jorge revela que 8,4% dos portugueses sentem dificuldades em comprar os medicamentos prescritos pelos médicos e que só 7,5% dos médicos questionam sobre dificuldades financeiras.
Apenas 15,1% dos portugueses foram aconselhados pelo médico a substituir um medicamento de marca por um genérico. Esta é uma das conclusões de um estudo elaborado pelo departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) que teve por objectivo avaliar as dificuldades de acesso a medicamentos devido a restrições económicas das famílias e a utilização dos medicamentos genéricos pela população portuguesa do Continente. Este número revela ainda pouca receptividade por parte dos médicos aos genéricos, sendo também de frisar pouca sensibilidade a limitações financeiras. É que se, 8,4% das 752 pessoas inquiridas responderam não poder comprar medicamentos prescritos por razões económicas, 92,5% dos inquiridos afirmaram que a disponibilidade económica para a compra de um determinado medicamento nunca foi questionada pelo médico. Na verdade, apenas 7,5% dos inquiridos afirmaram que estes profissionais de saúde se mostraram preocupados.
De realçar que o estudo concluiu haver uma limitação financeira mais prevalente nos idosos, nos menos instruídos, nos desempregados e nos que padecem de doenças crónicas, sendo as regiões do Alentejo e do Algarve onde se encontram as pessoas com mais dificuldades. É também no Alentejo e na região Norte onde existem mais médicos sensibilizados para possíveis problemas financeiros dos doentes.
A pouca receptividade dos médicos para com os genéricos contrasta com o significativo número de pessoas interessadas em comprar um genérico. Foram 29,3% os que responderam que procuraram junto do médico saber se haveria um genérico que substituísse o medicamento prescrito. Mas é ainda mais significativo o número de pessoas que, no acto de compra, procuraram junto do farmacêutico saber se haveria um genérico que o substituísse, 32,2%.
Há ainda o caso de ser o próprio farmacêutico a tomar a iniciativa. 20,4% dos inquiridos afirmaram ter recebido a sugestão na farmácia, de trocar um medicamento de marca por um genérico, sendo que 79,7% seguiram o conselho.
Uma conclusão interessante deste estudo mostra que 12,1% das pessoas que responderam ao inquérito do INSA não se mostram abertas a tomar genéricos independentemente do nível de poupança que teriam com a substituição. Já 20,1% mudariam de um medicamento de marca para um genérico, só a partir de um nível de poupança de 10 euros, subindo a percentagem para 67,8% que mudaria, por sua vontade, o medicamento de marca por um genérico, bastando para isso obter uma poupança até 10 euros.
Apesar de ser ainda pequena a percentagem de médicos que, por sua iniciativa prescrevem genéricos, 78% dos inquiridos afirmaram já ter sido medicados com genéricos, sendo 95% os que admitiram saber o que é um medicamento genérico, e 18,7% aquelas que referiram saber o que é o Sistema de Preços de Referência.
Quanto ao pedir informações sobre genéricos, as pessoas recorrem mais aos farmacêuticos do que aos médicos. Segundo o estudo, 80% das pessoas admitiram saber onde procurar informação, sendo que 50,7% referiram utilizar a farmácia como principal fonte de informação. É de salientar, contudo, que dos doentes crónicos inquiridos, 22,3% preferem pedir informações aos médicos e que 25% das pessoas, sobretudo na região de Lisboa, utiliza a Internet para tirar dúvidas sobre os medicamentos genéricos.
fonte: DE
Deputado do PS filmado a furtar gravador a jornalistas
Afinal faltam Enfermeiros? Em alguns serviços talvez..

Enfermeiros acusam governo de "incoerência" ao conceder tolerância de ponto na visita do Papa

"O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusa o governo de ser "incoerente" ao conceder tolerância de ponto para a visita do papa, o que deverá deixar os serviços de saúde como se existisse uma greve no setor.
"Quando lutamos por direitos justos, o governo critica os enfermeiros pelo que fica por fazer [consultas e cirurgias programadas], mas agora é ele que promove dois dias de tolerância de ponto, cujas consequências são parecidas", disse a Lusa Guadalupe Simões, dirigente do SEP.
A tolerância de ponto foi decretada pelo governo e aplicar-se-á na parte da tarde do dia 11 de maio no concelho de Lisboa, no dia 13 de maio em todo o território nacional e na parte da manhã do dia 14 de maio de 2010 no concelho do Porto.
Nestes dias, os centros de saúde e hospitais deverão funcionar como se fosse feriado ou fim de semana, sendo previsível o adiamento de consultas externas e de cirurgias programadas, mantendo-se o serviço de urgência a funcionar, precisamente como quando existe uma greve no sector.
O SEP, que nos últimos tempos tem decretado várias greves dos enfermeiros por razões laborais e de carreira, acha que esta concessão da tolerância de ponto demonstra "a incoerência do governo".
"O governo vai ter de assumir a responsabilidade [da medida] e explicar às pessoas as suas consequências", adiantou."
Fonte: iol
Petição "Greve por tempo indeterminado"
