Excesso de doentes leva médicos à greve

"É assim que o jornal "Correio da Manhã" de 25 de Fevereiro (CM) trata mais uma das diatribes do Dr. Pisco, da Missão do Ministério da Saúde, para os Cuidados Primários, agora, presumivelmente no estatuto de Presidente da Associação de Médicos de Clínica Geral: "Clínicos alertam para o risco de atenderem mais de duas mil pessoas nos Centros de Saúde".

Esta é uma falsa questão a que muitos se agarram, para manterem números irreais de consulentes, muitos dos quais nem sequer vêem o médico.
É um abuso para com os enfermeiros e erário público, manter médicos a promover a saúde e a prevenir a doença.
Se deixassem aos enfermeiros a prevenção das doenças e a promoção da saúde, como se faz em qualquer parte do mundo racional, onde os abusos, mesmo dos médicos, se pagam caro, porque não é possível brincar com os dinheiros de todos como se faz em Portugal;

Se os médicos se reservassem para aquilo que sabem fazer e ninguém pode fazer por eles, que é o tratamento das doenças, atendíveis ao nível do Centro de Saúde, não tinham de se queixar de números irreais, pois dos 1500, 1750, 2000, só uma percentagem muito reduzida vai realmente ao médico.
O que passam o tempo é a substituírem os enfermeiros, prática que foram adquirindo, por culpa destes, deixando para segundo plano o seu papel essencial que é o do médico para tratar os doentes.

O Dr. Pisco já sabe a alhada em que se meteu.
Quando houver gente, com iluminação suficiente, a governar e não comprometida com a químico-farmaceutica, indústria altamente dispendiosa e lucrativa, onde é preciso inventar milhares de doenças, em milhões de pessoas, que ainda não as tenham, para rentabilizar a "molécula", vão lembrar-se da marginalização votada aos enfermeiros e do desperdício que essa acarreta.

Não nos cansaremos de demonstrar os erros que HSF e quejandos acarretam para o SNS e que o Dr. Pisco e os seus pares são os principais responsáveis.
Os Centros de Saúde têm médicos a mais, por isso se ocupam com coisas para que nem sequer estão preparados, limitando-se a assinar o trabalho dos enfermeiros." Fonte: SE

Concordo plenamente com o que foi dito. Pergunto eu: não seria mais viável e rentável investir na promoção da saúde e prevenção da doença? Não será ou deverá este campo ser atribuído a nós enfermeiros? Os CS, ou USF, não deverão ser a base de um SNS? Afinal o dinheiro sai do bolso de todos nós. E nós enfermeiro o que temos a dizer? Não podemos continuar a escondermo-nos atrás do Sr. Dr...


1 comentários:

Anónimo disse...

Este país está cheio de abutres. A maior parte dos médicos intressa-lhes é o dinheiro, os doentes que se lixem.