De acordo com um comunicado do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que convocou a greve, além de alinharem na paralisação, cerca de 2.500 destes profissionais «participaram activamente nos espaços de indignação, com especial incidência em Vila Real, Porto e Coimbra».
Além disso, «interpelaram o primeiro-ministro em Faro e a ministra da Saúde em Guimarães».
Segundo o SEP, com a sua adesão, os enfermeiros «demonstraram que estão disponíveis para continuar a lutar nas moções que aprovaram».
A Comissão Negociadora Sindical (composta pelos Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira) espera agora que, na reunião com o Ministério da Saúde, agendada para dia 15, «se façam verdadeiros avanços no processo negocial e que o Ministério aceite algumas das principais reivindicações».
Em causa está a aplicação da nova carreira destes profissionais, o «impedimento do desenvolvimento de competências» e a «discriminação salarial» face a outros licenciados da Administração Pública.
Os enfermeiros lutam ainda pela «aprovação da alteração Estatutária da Ordem dos Enfermeiros pendurada no Conselho de Ministros desde Dezembro de 2008»." in Diário IOL
"A grande adesão dos enfermeiros à greve de quinta e sexta-feira fez adiar centenas de cirurgias e consultas em todo o País. No Centro Hospitalar de Lisboa Norte (Santa Maria e Pulido Valente) foram adiadas 143 operações em todos os serviços, excepto otorrinolaringologia, cirurgia plástica e neurocirurgia. As consultas de ortopedia realizaram-se, mas sem o apoio dos enfermeiros. “Pode ter havido médicos a fazer alguns tratamentos na ortopedia”, admitiu Graça Carneiro, directora-enfermeira.
No Amadora-Sintra não se realizou uma única das 80 cirurgias programadas. A maior parte dos hospitais optou por não divulgar dados sobre o número de operações adiadas.
Os sindicatos reclamam uma adesão de 80 por cento enquanto os números do Ministério da Saúde não vão além de 66 por cento.
Os últimos dados do Ministério da Saúde indicavam que, às 17h30, deviam trabalhar 21 423 profissionais, mas 14 335 fizeram greve, tendo trabalhado 7088. (...)
MÉDICOS FIZERAM ENFERMAGEM
Nos hospitais do Porto, apesar da evidente perturbação interna que a adesão dos enfermeiros à greve causou na rotina diária, foram feitos todos os esforços para que os utentes não fossem muito prejudicados. Daí resultou um aumento de trabalho pelos profissionais que não aderiram e também pelo facto de muitos médicos terem assumido alguns serviços que normalmente não fazem, desde pequenos tratamentos em consulta até à retirada de drenos a pacientes" in CM
Médicos a fazerem de Enfermeiros?? E porque não médicos a fazer de médicos que é realmente o que é preciso (não generalizando obviamente). O que a OE tem a dizer sobre isto? Ai se fosse ao contrário. E quando é que os colegas começam a fazer só os minimos em vez de fazerem tudo?
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